
#Pratodosverem.
Sobre fundo preto, uma imagem circular dividida ao meio, à esquerda o rosto de uma mulher e à direita de um leão, ambos tem olhos amarelos brilhantes. No canto inferior esquerdo escrito em branco: “É preciso ser fera, sem perder a doçura!”.
Dúbia, incompreensível, sei que sou.
Meu esconderijo sou eu:
Esculpida em dores,
Residente no edifício das solidões…
Anfíbio, ambíguo, longe do que se espera.
Meu anonimato é um muro.
Cercada estou pelas mazelas da vida…
Impossível condensar-me!
Sou paz e bonança;
Tenho dias de ventania e tempestade;
Sou essência da terra, fera medrosa, sou pedaço de sonho de alguém…
Comum!
Simplesmente complicada!
Sou esse furacão terrivel, sou esse dia de vento ausente e ar quente…
Profundamente estranha!
Vivaz, mórbida, alucinada…
Menina que sonha, mulher devastada…
Ser humano que exala paixão,
Subjugada à própria escravidão…
Pertenço às linhas que não foram escritas,
Sou viajante, aspirante, vivente, entregue à sorte.
Sou simples, comum, normal…
Alguém…
As pedras são as dificuldades que me preparam para o extraordinário.
O novo, que chega, o velho que vai…
E as somas que unem e as divisões se desfazem…
Viver é sangrar, viver é sonhar,
Melhor é morrer, do que passear pelos longos dias e nao saber oque é apreciar!
(Camila prado)