Descrição: Imagem em preto e branco. A silhueta de uma mulher em um campo vasto e um céu nublado. Folhas voam. No peito da mulher há um espaço sem preenchimento e uma pequena árvore desfolhada. Fim da descrição.
Deslizando-me do “eu” que sou Simplesmente sendo, Estranha, doce-amarga. Menina, mulher, um ser…
Um eco que vibra por toda parte. Um mistério que incendeia a alma. Um grito que não se liberta. Sou eu, um coração quebrado Que pulsa chorando, enquanto Os lábios se abrem sorrindo!
Desprendendo-me, ingênua! Escorregando nos sonhos, Arrastando-me no vazio dos dias…
Sou sem querer ser; Existo, respiro, sem viver Assisto a vida que me adorna Naufragando na superfície das águas rasas…
Sou eu, interrogação, Nos sinais das testas franzidas. Sou eu, as lembranças esquecidas…
Eu sou, um pequeno vislumbre De um desejo suprido, E solta vou escapando nas histórias Que não são minhas,
Assim resoluta, apenas continuo, Embebida pelo abraço das reticências… Apunhalada pelo anseio de significar, E no mapa da tristeza decifro Que a lágrima que mais dói É a impossibilidade de me encontrar.
2 comentários em “{4ª Poética} – Ausência de ser – Camila Prado”
Marivalda Paticcié de Souza
Bom dia!
Parabéns, gostei do poema!!!
Um poema que retrata pessoa(s), em busca de si no meio em que vive. E ao mesmo tempo, retrata o sentimento, que faz parte da vida de cada uma delas.
Gostei pelo talento, pode até ser o meu entendimento equivocado, mas é o espelho da nossa vida, e dia a dia que encontrei aqui.
Bom dia!
Parabéns, gostei do poema!!!
Um poema que retrata pessoa(s), em busca de si no meio em que vive. E ao mesmo tempo, retrata o sentimento, que faz parte da vida de cada uma delas.
Gostei pelo talento, pode até ser o meu entendimento equivocado, mas é o espelho da nossa vida, e dia a dia que encontrei aqui.
Exato!
Um retrato dos sentimentos em relação à vida!
É o desprender-se das vaidades, quando entendemos que tudo passa.